- PROGRAMA "DIÁLOGO ABERTO" -
Entrevistas sobre temas sempre importantes.
De segunda a sexta-feira, das 11 às 12 hs.
Produção: Terezinha Jovita
Apresentação: Regina Trindade
Ouça aqui: http://www.rtv.es.gov.br/web/player_radio.htm

segunda-feira, 5 de julho de 2010

DIDA - o paciente sofre mas o médico não percebe.

O problema atinge apenas 0,1 por cento 
das pessoas que recebem anestesia geral por ano, 
mas é preocupante.

Há um problema que ocorre com pacientes que recebem doses de anestesia geral para serem submetidos a cirurgias consideradas graves, como as cardíacas, obstétricas, etc. Sem que os médicos e seus auxiliares percebam, algo errado acontece: o paciente deveria estar totalmente sob o domínio da anestesia, mas, embora pareça estar "dormindo", ouve e percebe tudo que acontece à sua volta. Este fenômeno está sendo chamado de "despertar inconsciente durante a anestesia" - ou simplesmente DIDA.
Estudos realizados recentemente revelam que cerca de 0,1 por cento dos pacientes que recebem anestesia geral em todo o mundo por ano são acometidos pelo DIDA. Embora seja uma porcentagem pequena, os dados são alarmantes, pois revelam que só nos Estados Unidos, por exemplo, entre cada 20 milhões de pessoas submetidas aos efeitos da anestesia geral por ano, cerca de 40 mil se tornam vítimas da DIDA.

Falta de ar e muita dor

Durante a cirurgia, os pacientes ouvem e têm total percepção de tudo que acontece à sua volta. Ouvem e entendem normalmente tudo que as pessoas que estão dentro da sala de cirurgia falam, a memória e a capacidade de raciocínio funcionam plenamente. Tentam se comunicar com  o médico ou as outras pessoas, mas não conseguem. Sentem muita dor e dificuldade para respirar. 
Já foram confirmados casos em que os pacientes passaram por algum tipo de estresse mental pós anestésico. Outros chegaram a apresentar sintomas de estresse pós traumático. Todos os pacientes afirmam que foi a  pior coisa que lhes aconteceu na vida e muitos garantem que nunca mais se submeterão a cirurgias. 

As causas

Muitos fatores são apontados como possíveis causas do DIDA. Os principais são a diminuição das doses de anestésico e o crescimento do uso exclusivo de medicamentos venosos. A diminuição de doses de anestesia visa evitar possíveis efeitos colaterais, como ocorre nos casos de pacientes com problemas de circulação sanguínea. Os medicamentos venosos são aplicados para substituir os inalatórios.
Outra causa apontada é a superficialização prematura da anestesia. Esse procedimento costuma ser realizado apenas para que o paciente permaneça ocupando a sala de cirurgia dentro do menor tempo possível.

Referências: International Joint Comission e Joint Commission Brasil

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