Vida Após a Morte - será que ela não existe?

A maioria das crenças

na vida após a morte

está relacionada 

a fés religiosas,

ao esoterismo 

e à metafísica. 

Sempre que abordamos temas polêmicos, é preciso termos o cuidado de obter pelo menos algumas noções sobre outros temas para emitirmos opiniões que, mesmo sendo equivocadas, tenham pelo menos um fundamento adequado. Desta forma, para questionarmos a crença na vida post mortem ("depois da morte" em latim), precisamos conhecer pelo menos um pouco das definições sobre outros temas relacionados a ela.
Por exemplo, em termos religiosos, fala-se muito em continuidade da vida sob o ponto de vista espiritual no paraíso celeste ou no inferno, e que para muitos isto depende de como o indivíduo conduziu sua vida durante sua existência material. A vida no paraíso é vista como um prêmio para os bem comportados, enquanto a vida no inferno será o castigo eterno para os que cometeram crimes e outros atos de desagrado a Deus - ou aos deuses, dependendo do tipo de religião.
Uma religião não é obrigatoriamente uma criança num ou em vários deuses. A palavra "religião" provém do verbo latino "religare", que significa "religar". Em termos propriamente mais religiosos, portanto, é a busca de uma religação entre o material e o imaterial. Essa religação pode ser interpretada de várias formas: humanos e Deus (ou deuses), corpo e espírito, contatos entre as pessoas e os espíritos de seus antepassados, contatos entre os espíritos e as pessoas, entre o natural e o sobrenatural, etc.
Esses contatos são interpretados pelos esotéricos através de um conjunto de tradições e interpretações filosóficas de diversas doutrinas e religiões. Para eles, esses conhecimentos não podem ser muito divulgados para não serem vulgarizados. Por esta razão o esoterismo é, às vezes, chamado de "ocultismo".
Entra em cena então a metafísica, que é uma das principais disciplinas da filosofia. Ela reúne tentativas de descrever os fundamentos, as condições, as leis, as causas e princípios e tudo que sirva para formar uma estrutura básica em busca da compreensão do "incompreensível". Um dos seus principais objetivos é investigar a existência de elementos básicos do material e do imaterial e como eles se relacionam. 

Sejam quais forem os resultados desses estudos, eles comprovam que tudo depende de nossos limites de conhecimento, das experiências de cada pessoa, das experiências de cada grupo de pessoas, etc. Séculos atrás, os cientistas mais respeitáveis do mundo diziam que qualquer coisa que desenvolvesse uma velocidade acima de 100 km se desintegraria. Hoje os aviões supersônicos estão por aí, provando o contrário.

Até o final do século XIX era difícil as pessoas acreditarem que um dia alguém que estivesse num país poderia conversar com outra pessoa em outro país ouvindo sua voz como se ambas estivessem próximas. Isto se tornou possível graças aos avanços dos sistemas de telecomunicação no século XX. Muitos cientistas também diziam que era impossível existir vida fora da Terra até os dias em que um fato comprovou o contrário: foram encontrados nos meteoros que caíram na Terra micro-organismos vindos do espaço com eles. 

O que isto tem a ver com a vida após a morte? Eu explico:

Cada vez mais, com o avanço do tempo e a ampliação gradativa de nossos conhecimentos, comprova-se que o "impossível" nada mais é do que aquilo que talvez seja possível mas nós ainda não entendemos.

Nota: a ilustração é do próprio autor do blog.