- PROGRAMA "DIÁLOGO ABERTO" -
Entrevistas sobre temas sempre importantes.
De segunda a sexta-feira, das 11 às 12 hs.
Produção: Terezinha Jovita
Apresentação: Regina Trindade
Ouça aqui: http://www.rtv.es.gov.br/web/player_radio.htm

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O Dia de Sorte de um Cãozinho

Todos os domingos eu costumo fazer caminhadas pela manhã em Vila Velha. Ontem o dia exageradíssimo, como se o verão capixaba já estivesse em seu ponto máximo, e eu aproveitar para caminhar do bairro da Glória até o centro da cidade. Numa rua da Glória, encontrei um cãozinho da raça Dachshund (a mesma do casal que vive em minha casa). Devia ter um ano de idade um pouco menos. 
O pouquinho de atenção que dei a ele foi o suficiente para conquistar sua confiança. Eu prossegui em minha caminhada, e ele me acompanhou durante todo o trajeto. Não lhe dei coisa alguma para comer, nem ele parecia querer. Só queria mesmo me acompanhar. E me acompanhou. Quando chegamos à sede municipal, encontramos uma moça que trazia ao colo uma cadelinha Pincher. O cãozinho quis brincar com a cadelinha, mas a moça, com receio, tentava protegê-la. Mesmo assim, ela acariciou meu companheiro e brincou um pouco com ele. 
- "Ele é lindo. É seu?" - ela me perguntou.
Eu disse que não. Conversamos por uns instantes. Eu contei a ela que na minha casa tem um macho e uma fêmea Dachshund. Ela me disse que sempre quis ter um. Eu disse que acho um absurdo alguém ter um animal para criar e depois deixá-lo entregue à própria sorte nas ruas. Ela concordou comigo. Ela pensou que o cãozinho fosse meu, eu lhe expliquei que o encontrei numa rua da Glória e ele me seguiu até ali. Percebi que ela queria ficar com ele. Eu disse, "tudo bem, ele é seu, não há nada que a impeça de levá-lo". Ela me agradeceu sorridente. 
Assim, ontem foi o dia de sorte do pequeno Dachshund, que ganhou um lar. Sim, porque, se já tinha um dono, pareceu-me que este não cuidava dele como deveria - nenhum dono consciente deixaria o animal perambulando pelas ruas, com o risco de ser atropelado, comer coisas estragadas, ser enxotado violentamente por alguém, ou outras coisas bem piores que sabemos que acontecem com os cães abandonados. Pela forma como a moça cuidava da Pincher, eu tive a certeza de que ela também teria muito cuidado com ele. Ela, que gosta de cães, ficou feliz por ter encontrado um cãozinho como ela queria. Ele, agora, também deve estar feliz, pois tem alguém que lhe dê a atenção que precisa, além de um lar. 

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