- PROGRAMA "DIÁLOGO ABERTO" -
Entrevistas sobre temas sempre importantes.
De segunda a sexta-feira, das 11 às 12 hs.
Produção: Terezinha Jovita
Apresentação: Regina Trindade
Ouça aqui: http://www.rtv.es.gov.br/web/player_radio.htm

quinta-feira, 31 de março de 2011

Cientistas confirmam: os animais são mais inteligentes do que imaginamos.

Observe o vídeo:  o animal se torna obediente porque sabe que receberá  a recompensa, 
que neste caso é algo para comer. 
Da mesma forma, 
o funcionário de uma empresa se torna obediente também para receber sua recompensa:
ser mantido no emprego e continuar recebendo seu salário.


Sempre aprendemos que existem duas categorias de animais: os racionais, que são os humanos, e os irracionais, que são todos os outros. Entretanto, os estudos científicos mais recentes estão revelando que a realidade não é esta. Após ver uma matéria de capa da revista Super Interessante deste mês ("O que pensam os animais?"), o tema despertou minha atenção. Acostumado a ter animais de estimação desde criança - tive um cão, um gato, um papagaio e até um tatu - sempre tive, desde cedo, razões de sobra para entender ou pelo menos achar que nem tudo que me ensinavam sobre animais na escola era verdade. Ao ouvir a voz de meu pai, e portanto percebendo que ele estava em casa, o papagaio o chamava pelo nome. Meu primeiro cão latia quando percebia que eu, vindo da escola, chegava em casa - não latia muito durante o resto do dia. Mas os professores sempre me diziam que os animais só agiam por instinto, não por inteligência ou capacidade de raciocinar. Bem, os seres humanos também agem instintivamente, mas isto não os impede de ter inteligência e raciocínio. 
Após ler a matéria na revista, busquei na internet sites, vídeos (como o que está acima), tenho assistido a documentários na TV, e tenho visto os cientistas estão trabalhando de acordo com uma nova linha de raciocínio sobre o tema: os estudos mais recentes sobre o comportamento dos animais, especialmente os domésticos ou de estimação (cães, gatos, cavalos, etc.) comprovam que eles se apaixonam, fazem planos, sentem amor, sentem saudade, mas também muitas vezes tecem intrigas e enganam seus donos. Ou seja: como a Super Interessante informa na capa, eles "agem como seres humanos para o bem e para o mal". 
Ao que parece, o lado oculto dos cérebros dos animais está vindo à tona. Os resultados dos novos estudos sobre eles revelam que os golfinhos  são sádicos, as vacas trapaçam, os gatos e os cães são verdadeiros especialistas em dissimulações e as galinhas fazem até mesmo planos para o futuro. O golfinho sabe que ele é um golfinho, o elefante sabe que é um elefante, o cão sabe que é um cão, e sabem também discernir o sexo: a cão sabe que é um cão e a cadela sabe que é uma cadela. Enfim, tudo que até a própria ciência até há pouco tempo negava começa a ser confirmado por ela mesma. Mas essa nova linha de raciocínio científico vem do fato que foi descoberto recentemente que a diferença entre as faculdades mentais dos humanos e as de outros animais - cães,,gatos, cavalos, chimpanzés e periquitos, por exemplo - é de graus, não de tipo. Porém, apesar de este ser um pensamento novo, parece fazer sentido com um conhecimento antigo: há mais de 100 anos, a ciência já comprovou que os códigos genéticos de todos os seres vivos tiveram uma mesma origem.

Darwin estava certo 

As novas descobertas também confirmam que velhos estudos considerados como absurdos estão muito mais próximos da realidade do que sempre se imaginou. Charles Darwin, o famoso cientista inglês do século XIX, autor do polêmico "Da Origem das Espécies", que as espécies animais se modificaram ao longo do tempo através de um processo evolutivo, mas todos mantiveram inteligência e sentimentos em níveis distintos segundo cada espécie. Atualmente, cientistas como o biólogo norte americano Marc Bekoff, da Universidade do Colorado, diz que as evidências indicam cada vez mais que o cientista inglês tinha razão.
Bekoff diz que é claro que as pesquisas ainda tem muitas limitações, já que ainda não se pode colocar um aparelho dentro da cabeça de um animal para ver o mundo como ele o vê. Porém, o biólogo diz também que, mesmo com todas as limitações, as descobertas estão muito mais próximas disto do que se podia esperar. De fato, muitas das ações, humanas ou não, são meramente instintivas. Outras são comprovações de inteligência. Ele afirma que, nos Estados Unidos, os corvos, quando encontram pedaços de arame, por exemplo, entortam-nos com seus bicos transformando-os em anzóis, e os utilizam para fisgar peixes. Ele vê isto como uma comprovação de inteligência porque os corvos demonstram criatividade.
O cão obedece seu dono porque em seguida ganhará comida e carinho. O cavalo, animal famoso por saber voltar para a casa de seu dono mesmo sozinho, decora todo o trajeto porque sabe que, se acontecer algo com seu dono e ele (o animal) não souber voltar, perderá casa, comida e carinho. Os índios do oeste dos Estados Unidos, sempre reconhecidos como excelentes adestradores de cavalos, sempre acreditaram numa coisa: não é o homem que doma os cavalos, são os cavalos que se deixam domar porque sabem que ganharão comida e abrigo. 
A ciência já afirma há muito tempo que certos macacos - como os chimpanzés, por exemplo - sentem inveja. Sabe-se que para sentir inveja, o indivíduo precisa ter uma ampla noção sobre quem ele é e qual é sua relação com a sociedade ou o meio em que vive. Isto é, precisam ter autoconsciência. E autoconsciência é o que não falta nos chimpanzés: quando o chimpanzé percebe que fez algo errado, ele tampa os próprios olhos com uma das mãos ou com as duas, demonstrando sentimento de vergonha. Quando os chimpanzés fazem isto durante o espetáculo num circo, as pessoas costumam pensar que ele foi treinado para isto, mas na verdade é um hábito próprio desses macacos. Essa autoconsciência, neste caso demonstrando uma ideia de poder e de comando, é demonstrada também pelo gorila quando ele dá socos em seu próprio peito para dizer que é o líder de seu grupo e que os demais gorilas ou as pessoas que se aproximarem deles tem que respeitá-lo. 
É bem conhecido o caso da gorila que, há alguns anos, após ter aprendido com uma adestradora a se comunicar fazendo sinais com as mãos como os humanos surdos-mudos, contou à mulher que todos os dias apanhava do gorila com o qual dividia seu espaço num jardim zoológico em Nova Iorque. Para ter certeza de que a gorila estava mesmo fazendo uma denúncia, o diretor do Jardim Zoológico determinou que fosse instalada uma câmera para monitorar o comportamento do gorila. Realmente, já no primeiro dia de funcionamento, a câmera capturou imagens do gorila agredindo a fêmea. Há também a história de Alex, um papagaio que se tornou famoso em todo o mundo após ter sido comprovado que ele não se limitava a repetir o que as pessoas falavam, ele realmente sabia o que estava falando, e desta forma se comunicava com as pessoas. 

As dúvidas

Dúvidas? Polêmicas? Claro, ainda existem muitas. Mas as dúvidas persistirão porque muitas pessoas tem dificuldades em aceitar a realidade de que os outros animais sejam ou pelo menos possam ser tão inteligentes quanto os humanos. Desde que nascemos, somos educados para ser os alunos mais destacados na escola. Se o filho ou a filha participa do vestibular numa universidade, os pais dizem que "o mais importante é passar", mas se obtiver o primeiro lugar tida a família se sente orgulhosa.
Muitas pessoas tem dificuldades em aceitar a realidade de que seres de outros planetas vem ao nosso. Essas pessoas dizem que isto seria impossível por várias razões, mas a realidade é que não aceitam tal possibilidade por acharem que, para isto, os extraterrestres teriam que ser mais inteligentes do que nós. Durante milhares de anos, sempre se acreditou facilmente que todos os animais não humanos são irracionais. Agora, para acreditar que eles sejam racionais, serão necessárias muitas provas, e com certeza muitas delas serão consideradas fraudes ou sensacionalismo por muita gente que dificilmente aceitará a realidade. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.