- PROGRAMA "DIÁLOGO ABERTO" -
Entrevistas sobre temas sempre importantes.
De segunda a sexta-feira, das 11 às 12 hs.
Produção: Terezinha Jovita
Apresentação: Regina Trindade
Ouça aqui: http://www.rtv.es.gov.br/web/player_radio.htm

terça-feira, 16 de março de 2010

Presídios do ES tem 4 mil detentos a mais

Desde a semana passada, quase todos os dias, noticiários da Rede Globo de Televisão (não vi as mesmas notícias em outras TVs) vem mostrando, com ênfase, as más condições que vem sendo vivenciadas por detentos nos presídios do Espírito Santo. Enfatizam também a superlotação carcerária informando que que em cada presídio estão detidas pessoas em excesso, sendo cerca de 4 mil a mais do que os espaços dos estabelecimentos permitem. Não faltam pessoas ligadas a movimentos de "diretos humanos", pastorais da Igreja Católica e de outras entidades para prestar solidariedade aos detentos.
Gostaria de dizer apenas umas poucas coisas a esse respeito. Posso estar enganado, mas creio que isto não acontece somente no Espírito Santo. Além disso, superlotação carcerária e más condições nos presídios não acontecem somente no Brasil. Resta-ma, ainda, dizer que viveríamos num país muito melhor se a mesma solidariedade que prestada aos criminosos fosse prestada também às vítimas dos criminosos. Na Região Metropolitana da Grande Vitória, pessoas honestas, principalmente mulheres idosas, são agredidas e, não raro, assassinadas por assaltantes logo que elas são vistas saindo de uma agência bancária. Quando isto acontece, não aparece uma só pessoa ligada a grupos de direitos humanos, pastorais ou o que quer que seja para falar em defesa da vítima ou para dar uma palavra de conforto a familiares da vítima.
Sempre que há debates a esse respeito, lembro-me de um fato ocorrido em Vila Velha, município da Região Metropolitana da Grande Vitória, há alguns anos. Assaltantes invadiram uma loja maçônica num sábado à tarde, por volta de 16h30m e, segundo testemunhas, anunciaram que era um assalto e já entraram atirando. Um dos tiros atingiu na cabeça uma das pessoas que estavam na loja. Essa pessoa morreu imediatamente. No dia seguinte, amigos e familiares da vítima participaram do velório das sete horas da manhã até as cinco da tarde (17 hs), quando o corpo foi encaminhado para  o cemitério. O velório ocorreu na própria loja maçônica, que se situa em frente a uma igreja católica conhecida como "Santuário de Vila Velha". No Santuário, representantes de pastorais participavam de uma reunião durante toda a tarde daquele mesmo domingo. Terminada a tal reunião, cada um dos representantes das pastorais foi cuidar de suas próprias vidas. Uns foram para casa, outros foram passear, mas nenhum - nenhum mesmo!! - sequer atravessou a rua para ir ao velório e pelo menos dizer uma palavra de conforto à vítima dos assaltantes assassinos. No velório, não apareceu ninguém que representasse qualquer dessas entidades de defesa dos "direitos humanos" que, quando reivindicam "direitos" para os criminosos, realizam manifestações atrapalhando o trânsito em Vitória, impedindo o direito de ir e vir de pessoas honestas que precisam chegar ao local de trabalho, à escola, à faculdade ou mesmo em casa.
Como seria bom se a mesma solidariedade que é prestada a criminosos fosse também prestada às pessoas que vivem e querem continuar vivendo honestamente, mas não podem contar com o mínimo necessário de segurança.

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