- PROGRAMA "DIÁLOGO ABERTO" -
Entrevistas sobre temas sempre importantes.
De segunda a sexta-feira, das 11 às 12 hs.
Produção: Terezinha Jovita
Apresentação: Regina Trindade
Ouça aqui: http://www.rtv.es.gov.br/web/player_radio.htm

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O Cálcio em Nossas Vidas

Certas coisas
estão muito mais presentes
em nossas vidas
do que possamos imaginar.
O cálcio é uma delas.

Provavelmente, quando você era criança, ouviu muito seus pais dizerem que o cálcio é muito importante para os ossos, etc. e tal. E certamente você diz isto para seus filhos e outras pessoas. E tem toda razão. Mas o cálcio está muito mais presente e é muito mais importante em nossas vidas do que muitas pessoas imaginam. Sendo um metal branco, muito leve e muito mole, pode ser reduzido a frio sem se quebrar. É, portanto, dúctil, maleável, desde que não esteja em combinação química com outros elementos. Não existe cálcio em estado puro, pois ele reage facilmente, formando compostos com a água ou com o oxigênio do ar. Muitos de seus derivados se encontram nos tecidos vegetais e animais - inclusive nos animais humanos (*). 
Um átomo de cálcio é composto por um núcleo com 20 elétrons que se movem ao seu redor. Por isto, se diz que seu número atômico é 20. Esta condição dá ao cálcio a capacidade de se fundir à temperatura de 810º centígrados.

A qualidade do solo

A qualidade de um solo para plantio está relacionada à quantidade de cálcio que ele contém. O cálcio é o quinto elemento mais importante da crosta terrestre, contribuindo em 3,5%. Isto significa que há 3,5 kg de cálcio em cada 100 kg de solo. Nos blocos que contém cálcio, ele aparece escuro porque se oxida rapidamente. Na crosta terrestre, ele é encontrado sob a forma de carbonato (CaCO3). 
As rochas onde o cálcio existe em grande quantidade são chamadas de "calcários" ou "rochas calcárias". Uma de suas formas, a calcita, às vezes constitui rochas inteiras. A calcita é um calcário que se apresenta de duas formas: a marga, quando misturada com grandes quantidades de argila, e a greda, quando se apresenta com o aspecto de poeira e com restos de microorganismos marinhos. 
As camadas calcárias são formadas através do acúmulo de organismos inferiores, vindos principalmente do mar, misturados carbonato de cálcio dissolvido em forma de bicarbonato nos mares, rios, lagos e lagoas.

O aproveitamento do cálcio na indústria

Calcula-se que, de 1960 a 1980, o consumo de calcário em todo o mundo chegava à média de três milhões de toneladas por ano. Atualmente, a média é cerca de 10 vezes maior, o que pode provocar a escassez do metal em todo o planeta. É utilizado na fabricação de cal, de cimento, de vidro, de produtos químicos e, além disso, é usado como material fundente no setor de metalurgia e é amplamente comercializado pelo setor de rochas ornamentais. No Brasil, o consumo de calcário é avaliado em cerca de 70 milhões de toneladas anuais somente para atividades agrícolas (se considerarmos o setor de rochas ornamentais, metalurgia, farmacêutico, etc., certamente ultrapassa de 200 milhões).
É do cálcio que também se obtém o gesso, que é o sulfato de cálcio (CaSO4) artificial.  Ele é obtido através do aquecimento do sulfato de cálcio natural (gipsita) a 120º centígrados. Quando se fala em gesso, pensa-se logo naquele produto para ajudar na recuperação de uma perna ou um braço quebrados, mas ele pode e é usado para várias finalidades. Ao ser umedecido, o gesso se transforma numa massa que demora cerca de 10 minutos para endurecer, o que o torna muito útil para a produção de obras de arte que exijam moldagens ou modelagens. Pelo mesmo motivo, é muito empregado no acabamento de construções e decorações de edifícios e residências e em aparelhos ortopédicos. No Brasil, as reservas de gipsita são encontradas principalmente no Nordeste.
O travertino é outra variedade de pedra calcária. Conhecido também como "tufo calcário", apresenta uma cor amarelada ou esbranquiçada. É usado em construções de edifícios desde a Antiguidade - os antigos romanos o usavam muito nas construções de templos e palácios. Com ele se faz o giz, que muito usado nas escolas para escrever no quadro (atualmente se usam os pincéis atômicos).

No corpo humano

O corpo de uma pessoa contém naturalmente, em média, cerca de um 1,5 kg de cálcio. A maior parte está nos ossos e nos dentes. Está distribuído por todo o corpo nas formas de fosfato de cálcio (85%), fluoreto de cálcio (0,3%), cloreto de cálcio (0,2%), carbonato de cálcio (10%), fosfato de magnésio (1,5%) e outras substâncias (0,3%). 
Por isto os alimentos que contém cálcio são indispensáveis para a nossa saúde. Mas é preciso evitar os excessos. Cada pessoa deve ingerir em média 1g de cálcio por dia.
Os alimentos mais ricos em cálcio são o leite, o ovo (na gema), as ervilhas, o arroz, a batata inglesa ("batainha") e a batata doce.

(*) Há pessoas que consideram essa classificação como ofensiva, mas somos animais.

 Fonte:
Enciclopédia Conhecer - série verde - vol. II, pág. 432 - Editora Abril - São Paulo, SP.

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