- PROGRAMA "DIÁLOGO ABERTO" -
Entrevistas sobre temas sempre importantes.
De segunda a sexta-feira, das 11 às 12 hs.
Produção: Terezinha Jovita
Apresentação: Regina Trindade
Ouça aqui: http://www.rtv.es.gov.br/web/player_radio.htm

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Edu Rosa: com certeza, o sucessor de Altamiro Carrilho


Se Altamiro Carrilho é o "rei" dos flautistas brasileiros,
Edu Rosa é, com certeza, 
digno de ser o herdeiro do trono. 

Durante o show de ontem, 
Edu nos conduziu a um belo passeio
das "Bachianas" de Villa Lobos,
passando pelas "Quatro Estações" de Vivaldi
e chegando
ao "Tico-Tico no Fubá" de Zequinha de Abreu.


No Brasil, tem-se um hábito tradicional de se considerar como "rei" ou "rainha" aquele ou aquela que se destaca como celebridade através de sua arte. Pelé, por exemplo, é o "rei" do futebol, e são muitos os brasileiros que consideram o talentosíssimo Altamiro Carrilho como o "rei" dos flautistas do país. O título é muito justo, mas se Altamiro é o rei, o jovem capixaba Edu Rosa, hoje com 25 anos, já tem tudo para ser seu sucessor. Ele comprovou isto mais uma vez no espetáculo de ontem em Vitória. 
Quando eu cheguei para o coquetel que antecedeu o espetáculo, Edu estava sendo entrevistado por Jorge Carretta, apresentador do programa de TV "Espaço Jovem", da Rede NGT. À sua volta, um enorme número de amigos e admiradores que ele tem conquistado ao longo de sua vida, não somente pelo talento, mas pela exemplar educação que tem e pelo seu jeito sempre gentil de lidar com as pessoas. Eu que, sempre que possível, assisto a apresentações realizadas no teatro da Fafi - que tem este nome por estar no prédio onde funcionava a antiga Faculdade de Filosofia (Fafi) do Espírito Santo - confesso que há muito tempo não via o teatro tão cheio. 
Este jovem e talentoso cicerone do passeio musical nos fez iniciar a maravilhosa viagem através da "Bachiana N.º 5" - uma das famosas "Bachianas" de Heitor Villa-Lobos - acompanhado por Solistas de Vitória. Em seguida, fez-nos passar pela Ária da Quarta Corda de "Arioso", de Johann Sebastian Bach. Depois, mostrou-nos um arranjo criado por ele para "As Quatro Estações", de Guissepe Vivaldi, e "Syrinx", de Claude Debussy. 
Em seguida, acompanhado pelo também talentoso e jovem pianista Matheus Cutini, fez uma belíssima execução de "Sentimentale", de Claude Bolling. Dando prosseguimento ao nosso belo passeio, nosso líder, com o apoio da excelente pianista Liana de Castro, nos guiou através de "Rapsody in Blue", de George Gershwin, e nos revelou se grande talento também como cantor interpretando "Autum Leaves", Jhonny Mercer. Nossa parada seguinte foi na música brasileira, com Edu assumindo novamente sua condição de flautista executando brilhantemente "Bala com Bala", de João Bosco; "Águas de Março",  de Tom Jobim, e "Fascination", de Fermo Dante Marchetti e Maurice De Féraudy ("Fascinação", por Armando Louzada, é uma versão). 
Porém, como diz um ditado, tudo que é bom dura pouco. Edu nos conduziu pela etapa final da nossa viagem em companha do grupo de chorinho "Pé na Roda". Então nos deliciamos com sua performance do "Trenzinho Caipira" de Villa-Lobos, "Santa Morena" de Jacob do Bandolim, "Arrasta Pé" de Waldir Azevedo e, por fim, com a participação do Quarteto de Flautas de Vitória, "Tico-Tico no Fubá", de Zequinha de Abreu, e "Carinhoso", como flautista solista e ao mesmo tempo novamente como cantor. Para fechar o espetáculo com chave de ouro, "Aquarela do Brasil", uma das músicas preferidas de Walt Disney, que a incluiu em alguns desenhos animados com o Pato Donald: "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso. Grande parte do espetáculo teve como acréscimo o excelente desempenho de um grupo de balé clássico.
Todas as vezes em que assisto às apresentações de Edu, percebo uma evidente comunicação entre ele e os músicos que o acompanham, especialmente os pianistas. Nos movimentos que ele faz com o próprio corpo, com a flauta e até por meio de trocas de olhares, há evidentes sinais entre ele e eles. Em linguagem musical, isto se chama regência, e eis aí mais uma comprovação do talento deste rapaz, que consegue ser cantor, instrumentista solista e maestro ao mesmo tempo. 
No auditório, sentado ao meu lado e acompanhado por sua esposa, estava alguém que vibrava a cada apresentação e demonstrava claramente sua emoção e seu orgulho pelo que estava acontecendo. Era um outro Eduardo, que também já contribuiu grandiosamente para a arte musical do Espírito Santo com seu talento. Talento este que permitiu que ele, a pedido do nosso cicerone, mostrou com muita categoria o significado da expressão popular brasileira "samba no pé". O Eduardo que é pai daquele Eduardo Rosa que estava mais uma vez brilhando no palco. 
Mas brilhar no palco não é uma novidade em se tratando do Eduardo filho, que aos 25 anos já está acostumado a fazer sucesso em turnês pelos Estados Unidos e por outros países e já tocou acompanhado por algumas das melhores orquestras do mundo. Entretanto, ele tem também um outro talento muito importante: não perde seu jeito simples de ser, sua humildade, e sempre trata os amigos - eu, entre eles - com muito respeito e carinho. 
O DVD de Eduardo Rosa também está especular. Eu o recomendo a todos vocês. Para saber como adquiri-lo, ligue para (27) 3215-0083. Para saber mais a respeito do grande flautista e cantor, procure o artigo "Edu Rosa - Músico" no blogue "Talentos Capixabas" ( http://www.talentoscapixabas.blogspot.com/ ). Você também pode acessar o site dele, que também está ótimo (http://edurosa.com.br/), no qual vocês descobrirão um outro talento dele: o de modelo.    


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