- PROGRAMA "DIÁLOGO ABERTO" -
Entrevistas sobre temas sempre importantes.
De segunda a sexta-feira, das 11 às 12 hs.
Produção: Terezinha Jovita
Apresentação: Regina Trindade
Ouça aqui: http://www.rtv.es.gov.br/web/player_radio.htm

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Nível de Ensino do Brasil ainda é um dos piores do mundo

A pesquisa internacional
mostrou que o Brasil
está entre os países 
que obtiveram os melhores desempenhos 
entre 2000 e 2009.
Porém,
dentre 65 países,
o nível de ensino do nosso 
está entre os 13 piores.

Os resultados foram revelados ontem. Segundo a matéria divulgada pelo Jornal Nacional, o PISA - programa internacional cujas pesquisas revelam a evolução da aprendizagem de alunos com idades de 15 e 16 anos - revelou que o Brasil ainda ocupa o 53.º lugar em nível de qualidade de ensino entre 65 países. Um péssimo resultado, pois significa que o nível só é superior aos de 12 dos 65. Ou seja, é um dos 13 piores.
A pesquisa revelou alta deficiência dos alunos principalmente na aprendizagem de matemática, ciências e leitura - exatamente as matérias básicas para o preparo adequado para qualquer profissão. As melhores pontuações obtidas pelos alunos brasileiros foi quanto à leitura, quesito no qual as meninas se destacaram melhor do os meninos, mas ainda assim o resultado foi muito baixo. Alguns alunos entrevistados disseram que as principais causas são salas de aula com pouca ventilação, número excessivo de alunos na mesma sala (leia o artigo "Salas de aula com mais de 30 alunos: isto não pode dar certo" - http://cultinform.blogspot.com/2010/11/sala-de-aula-com-mais-de-30-alunos-isto.html ) e o fato de muitos professores, alegando que recebem salários muito baixos, "não estão nem aí para os alunos".
No Brasil, os piores resultados foram registrados nos estados de Alagoas, Maranhão, Acre, Amazonas e Rio Grande do Norte. Os melhores resultados ocorreram no Distrito Federal e nos estados do sudeste e do sul, mas ainda assim deixaram muito a desejar. Cláudio de Moura Castro, especialista em educação, disse que o problema só deixará de existir quando houver investimento adequado nos professores. 
Creio que o investimento em professores é altamente importante no Brasil, isto não basta para resolver o problema. Há alguns meses, publiquei um artigo baseando-me numa informação da revista Veja sobre a verba do erário público que o Brasil se comprometeu a gastar para a realização da Copa Mundial de Futebol em 2014 e da Olimpíada Mundial em 2016. Após ter visto no site de uma prefeitura do interior do estado de São Paulo informando o valor do orçamento para a construção de uma escola municipal (concluída no ano passado) com capacidade para 360 alunos, fiz um cálculo usando uma regra de três, e verifiquei que, com a verba brasileira destinada à realização da Copa e da Olimpíada, seria possível construir mais de sete mil escolas como aquela. Nada tenho contra a Copa ou a Olimpíada, mas as notícias que estamos vendo nos telejornais estão comprovando que é necessário priorizar a educação urgentemente. Enquanto isto acontece, fatos lamentáveis como o que ocorreu recentemente num hospital (a troca de soro por vaselina líquida que causou a morte de uma menina) poderão, num futuro recente, apenas alguns dos problemas que ocorrerão frequentemente. 

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